domingo, 22 de junho de 2008

Será o PSD capaz?

Em primeiro lugar uma saudação especial a todos e em particular ao João Correia pelo convite que me dirigiu para aqui poder partilhar as minhas ideias e opiniões e assim contribuir para a eterna insatisfação das gerações jovens (as gerações de luta) que faz mover e caminhar o mundo para novos horizontes.

Confesso que tive alguma dificuldade em escolher qual o tema que iria aqui abordar. Primeiro pensei em falar sobre o descrédito da política (tema na "berra" para o Presidente Cavaco), mas para isso tinha que lhe apontar que talvez o descrédito começa quando um Presidente, que por o ser, utiliza os seus batedores e carros de segurança em alto estilo pelas ruas de Lisboa, sem que haja qualquer anormalidade no trânsito. Por vezes, alguns políticos esquecem-se que também são gente como os outros e é por esse e vários outros motivos que a separação entre cidadãos e políticos e o descrédito da política aos olhos dos cidadãos é aquele que as taxas de abstenção reflectem. Mas, ao fim de perder tempo a pensar sobre o tema, percebi que não podia omitir uma referência a mais um Congresso do PSD. Julgo que nos últimos tempos tem havido mais Congressos do PSD que feiras aqui no município, logo, é um assunto que não podia deixar de ser abordado.

Uma das interrogações que fica no ar, todos o perceberão, é se o PSD, enquanto principal partido da oposição será capaz de colocar de lado as lutas suícidas que o envolvem desde Durão Barroso e tomar um rumo onde o interesse nacional se encontre em primeiro plano. Pelo que se viu do passado esta é uma questão cuja resposta não é fácil, isto porque, muito basicamente tudo pode suceder. Resumindo, o PSD é uma caixinha de surpresas.

Outra questão, que muito tem sido apregoada (perdoem-me os militantes do PSD e/ou da JSD que neste blog comigo escrevem) é a suposta capa ou fato de competência que querem vestir a Manuela Ferreira Leite. Não consigo com objectividade olhar para a nova líder do PSD e daí retirar essa capa avaliando aquele que foi o seu passado. Enquanto Ministra das Finanças, iniciou uma política de sacrifícios para o país e deles não se obteve qualquer resultado prático. Não se pode deixar de olhar para a sua acção como aquela que retrata um certo ditado: venderam-se os anéis e ficaram os dedos. Basicamente foi esse o seu plano para combate do défice. Usou receitas extraordinárias, venda ao desbarato de património do Estado, subiu o IVA e no final, quer queiramos, quer não, as contas do défice mantiveram-se no vermelho, tendo em conta para comparação igual período de tempo que Sócrates precisou para arrumar o défice. Será justo vestir-lhe um fato desses? Se sim, que fato haverá para Teixeira dos Santos e José Sócrates? Concerteza que terá que ser um fato muito maior.

1 comentário:

João Correia disse...

Os "Da Weasel" têm uma música no alinhamento do seu "Amor, Escárnio e Maldizer" que vai de encontro com o teu 2º parágrafo. Não é um aspecto a descurar, sendo que a democracia devia aproximar políticos e a cidadãos...