terça-feira, 10 de junho de 2008

China versus E.U.A.: brevemente nos palcos do mundo?

Longe estão os tempos em que se podia prever no horizonte futuro um domínio dos Estados Unidos da América único, sólido e implacável. Já no século XX o Japão mostrara que a Ásia não era um gigante adormecido e destacava-se entre os países mais desenvolvidos do mundo... As tensões da «guerra fria» embrumaram as perspectivas do mundo em relação ao amanhã... Mas, algures no nevoeiro, começavam a desenhar-se as linhas orientadoras de um domínio expansionista que se dá agora a conhecer... Entrámos no Oriente destemidos... desejosos de fazer valer a nossa cultura e as nossas ideologias... A semente pegou, a planta cresceu, e o Oriente soube tirar vantagens do intercâmbio cultural...
Hoje, a China tem o maior exército do mundo, que conta com, aproximadamente, 2,3 milhões de soldados. Quase mais um milhão do que no caso norte-americano (1,4 milhões de soldados). No ano passado, apesar das extremas e intensivas políticas anti-natalistas, a China apresentava uma população que rondava os 1.307.400.000. Os E.U.A. ficavam-se pelos 298.444.215. Embora os E.U.A. mantenham a sua hegemonia em termos económicos e militares (incluindo 86 submarinos e 4500 ogivas nucleares), o certo é que a China é, cada vez mais, uma superpotência com possibilidades de vir a inverter o topo da actual ordem mundial. Enquanto que há estudos que apontam para um duelo renhido entre estes dois países pelo topo da pirâmide, daqui a mais ou menos cinquenta anos, Nova Deli, capital da Índia, benificiando da sua proximidade geográfica com Pequim e das suas cada vez melhores relações com Whashington cresce a um ritmo imparável e avassalador. Menos em bruma do que há décadas, é certo, a Índia lá vai crescendo... podendo vir a interferir activamente no duelo anteriormente referido. Enquanto que aqui por Portugal se vai lutando (mesmo?) para reduzir o défice e se espera que Cavaco Silva apareça numa manhã de nevoeiro com a solução para todos os males do país, a nível mundial vai-se insinuando um possível e provável cenário, ante o qual representarão os actores mais poderosos e influentes do globo...
1, 2, 3! As pancadinhas estão dadas, Molière vai descansar para a caminha... Talvez assista aos principais acontecimentos pela televisão...
Estará para breve o fim da supremacia americana? Conseguirá a China surpreender o mundo e pôr fim a séculos e séculos de domínio ocidental? Dê a sua opinião, participe em mais um debate!

1 comentário:

FaDreH disse...

Ao contrário do país do sol poente, a China não é comandada por multi-nacionais, é sim por um punhado de senhores da política, uns mais astutos que outros sem dúvida, mas que juntos, se deixam contagiar um pouco pelo Zen religioso. A ambição está em dar a conhecer um país onde dê gosto viver, um país que acompanha todos os saltos evolutivos humanísticos e tecnológicos, e não em parecer o "Don Juan" da política, odiado mas respeitado por todos.
A meu ver, a China, como a Índia e mais 2-3 países, poderão ser as entraves para o monopólio lançado pelo senhor Sam, que, tal como os seus descendentes ocupacionais, não tolera uma medalha de prata nesta espera infindável maratona. Quem definirá onde estará a faixa da meta? Será que Portugal consegue os mínimos, sem nenhum atleta naturalizado? Será que dará na tvi, ou será exclusivo da sporttv?

Fábio Lopes