segunda-feira, 28 de julho de 2008

Defesas oficiosas

Na semana passada tive oportunidade de ouvir os argumentos do Bastonário da Ordem dos Advogados António Marinho e Pinto relativamente à retirada dos advogados estagiários das defesas oficiosas.
Diz o bastonário que colocar um estagiário a defender sozinho um caso seria o mesmo que colocar um cirurgião estagiário numa cirurgia.
Se Marinho Pinto disser que a inexperiência dos advogados estagiários pode levar a desfechos que não sucederiam com advogados profissionais, compreendo. No entanto, penso que retirar os advogados estagiários das defesas oficiosas não os preparará melhor. Muito pelo contrário a sua formação será apenas um prolongamento da faculdade, muita teoria, muita teoria e pouca prática o que conduz à mesma inexperiência referida pelo bastonário.
Porque não optar-se pelo acompanhamento do advogado estagiário por um advogado profissional nessa mesma defesa?

Outro dos argumentos apresentados por Marinho e Pinto baseia-se no princípio da igualdade, sustentando que as pessoas mais carenciadas têm tanto direito a um advogado profissional como as que têm posses para os pagar. (Agora pergunto eu: Será que o Sr. Bastonário conhece os serviços pro bono exercidos por alguns advogados profissionais?).

Outra questão que se pode colocar aqui é a de, para a maioria dos advogados estagiários as defesas oficiosas serem a sua única forma de rendimento durante o estágio. O que acontecerá relativamente a este ponto? Será que vão ser criadas alternativas?

Sinceramente julgo que Marinho e Pinto está mais preocupado com o mediatismo que tanto critica mas que de tanto gosta do que em atentar nos interesses da Ordem da qual é Bastonário.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Há um caminho



Se a mudança é criada por aqueles cujas imaginações são maiores que as suas circunstâncias, permitam-nos, a nós que agarrámos o sonho, libertar -de ora avante - esta juventude da qual se espera que nasça o progresso prometido pelos Velhos.
Timbrados pela causa que damos voz, somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.
Desfilemos ante o por de vir.
Eu acredito.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Acordo ortográfico promulgado

Cavaco Silva promulgou o novo acordo ortográfico.
Aquele que nos vai pôr a falar brasileiro.

Quanto às consequências da sua aplicação...bem galera a gente tá aqui pára ver né cara?

Acessibilidade

Este fim-de-semana tive por Leiria e pude reparar que, em determinados edifícios públicos já existem rampas de acesso que permitem a entrada a pessoas em cadeiras de rodas.
Não pude deixar de pensar que se já existem localidades portuguesas que têm este tipo de acessos, porque não estendê-los ao resto do país? Todos nós estamos habituados a andar pelo nosso pé e a termos a nossa mobilidade. No entanto, temos que nos lembrar que existem pessoas que, por algum motivo, não têm esse tipo de mobilidade e, por esse motivo, não podem resolver os seus problemas mais básicos estando dependentes de outras pessoas para a resolução dos mesmos.
Investe-se em tudo e mais alguma coisa, contudo, quando chega a altura de investir neste tipo de acessos nunca há dinheiro para tal, depois aparecem estádios e projectos do género (de certeza com muito mais utilidade).
Um dos lemas do nosso Governo é a igualdade de oportunidades, quanto a isso não tenho nada contra, pelo contrário. Mas porque não estender a igualdade de oportunidades a todo o tipo de situações de desfavorecimento? Uma vez mais há que pensar globalmente!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Uma nova concepção de oposição

Manuela Ferreira Leite afirma que, para ela, oposição não significa apresentar alternativas.
Uma opinião a respeitar...

No entanto, qual é a sua concepção de oposição?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

É o que dá

Vejam o resultado da originalidade do novo anúncio da água das Pedras aqui

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Então e a crise?

O novo "I phone", que custa a módica quantia de 500 euros, vendeu milhares de exemplares em Portugal. Mais do que isso, juntou milhares de pessoas em filas até altas horas da madrugada.

E agora pergunto eu:

Então e a crise????

Quase que me apetece comparar este lançamento ao Europeu, todos estão em crise mas por momentos esquecem-na!

A Dúvida Paira no Ar

A mãe chegou a casa e ouço-a, de lá de baixo a dizer em voz alta, de forma a que também eu do meu quarto conseguisse ouvir:

- A Rita teve 4 no exame de Matemática!

Eu sei que a minha irmã acabou o 9º ano no Quadro de Honra, mas não lhe esperava esta nota:
também eu fui aluna de Quadro de Honra, sempre tive notas mais estaveis que ela e método de estudo mais eficiente e consolidado e, no 9º ano tive 75% na Prova Global de Matemática.

Então exclamo, em tom de resposta:

- Uáu!

O Pedro sai da casa de banho, fecha a luz e lembra, em tom de graçola:

- Eles bem disseram que tinha sido fácil!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Ai Nelinha, Nelinha...

Na semana passada, na entrevista dada à TVI Manuela Ferreira Leite afirmou que discriminava os casamentos entre homossexuais apontando como fundamento o facto de um dos fins do casamento "ser a procriação".
Que a líder do PSD seja contra o casamento entre homossexuais, até percebo.
Que afirme que os está a discriminar, até percebo (embora com alguma dificuldade).
Agora que a dita senhora venha dizer que um dos fins do casamento é a procriação é que não admito de forma nenhuma.
Seguindo o raciocínio de Manuela Ferreira Leite, então os casais que sofrem problemas de infertilidade também não se podem casar uma vez que "um dos fins do casamento é a procriação".
As pessoas que têm DST's também não poderão casar uma vez que "um dos fins do casamento é a procriação".

Sinceramente não vejo qual o problema do casamento entre homossexuais, pelo menos pelo Registo Civil, mas respeito as opiniões em contrário. Agora parece-me que com argumentos e medidas destas Manuela Ferreira Leite está muito longe do que se esperava.