terça-feira, 10 de junho de 2008

Cavaco Silva e Portugal


Aquilo que o Presidente da República pede a Portugal não é um problema de agora. O problema da fiabilidade das Instituições não é novo e vive com uma concepção de Estado a quem se olha com um sorriso na altura de receber mas com a faca atrás das costas. Quanto às elites, muito sinceramente, penso que já as temos. O único problema é que as elites fogem do país e todos sabemos bem porquê. Ainda não há estimulos necessários, a sociedade parece pouco dedicada à inovação empresarial e social. A despeito dos esforços realizados nos últimos anos, as elites estão a fugir porque o país não lhe consegue dar, nem de longe nem de perto, as condições que outros dão.
O círculo vicioso, é certo, tem de acabar. Não podemos continuar a andar atrás de um D. Sebastião ou de um Aladino que venham milagrosamente salvar-nos. As reformas no Estado, na ciência, nas universidades, nas empresas e nas mentalidades tem de continuar. Importa é que...para melhor!

1 comentário:

FaDreH disse...

Como já comentei com o autor do texto, é uma vergonha.
Estive presente na sessão de recruta de futuros astronautas para a ESA (European Space Agency), a primeira recruta alguma vez feita em portugal (teóricamente, pela primeira vez na história um português "portugês" pode ser astronauta), e imaginem o meu espanto ao reparar que a comunicação social (em peso no local) só conseguiu colocar uma pergunta a um dos maiores astronautas de sempre.
Ora, isto até não seria tão revoltante, não fosse o facto de nessa mesma semana, se ter comentado intensamente o famoso cigarro do nosso 1º ministro. Horas televisivas para o SG Ventil - mais de 100;
Horas televisivas para o pobre cientista português - talvez uns 2minutos (enquanto um novo cigarro deveria ser aceso).

Força com as elites, a capacidade de julgar o homem que acende o cigarro, contra a falta de interesse em acender dois foguetões carregados com milhares de litros de combustível de topo.


Fábio Lopes