quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Medida proposta pelo MUP (Movimento de mobilização e unidade dos professores)

Uma das notícias de hoje do DN refere que os professores vão pedir ao Presidente da República que dissolva o Parlamento devido à atitude do Governo relativamente ao sistema de avaliação defendido por este último.

Sem querer ofender ninguém, esta foi a sugestão mais ridícula que os professores (mais concretamente o MUP - Movimento de mobilização e unidade dos professores) fizeram no decorrer das suas manifestações contra o sistema de avaliação. Que queiram ouvir o que Cavaco Silva tem para dizer, não concordo mas compreendo, uma vez que o Senhor Presidente tem achado por bem comentar tudo e nada, acto que, em minha opinião pertence a comentadores e não a um Chefe de Estado, mas avancemos. Agora pedir a dissolução do Parlamento é completamente impensável e apenas mostra que a irracionalidade tomou conta da luta.

Suponhamos que, num acto de insanidade política, Cavaco Silva atenderia ao pedido dos professores. O que aconteceria?

Naturalmente a demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas em ano de eleições. Já para não falar que à tão falada crise económica se juntaria uma crise política inerente a qualquer decisão deste tipo. Mas continuemos o raciocínio, para quê convocar eleições antecipadas em ano de eleições? Será que os senhores professores pensaram nisso? Qual é o sentido de antecipar o que acontecerá daqui a uns meses? Causar ainda mais instabilidade? E quantas pessoas alterariam o seu sentido de voto devido à atitude do Governo? Provavelmente as mesmas que alterarão nas eleições legislativas.

Se querem fazer campanha contra o Governo que a façam no tempo devido.

Não estará esta luta a tornar-se num acto de orgulho ferido que cada vez menos tem em conta o verdadeiro interesse dos professores. Acho que é tempo dos professores, para além de pensar em si próprios começarem, também, a pensar nos seus alunos que, no fundo são os mais prejudicados com esta luta em virtude da constante marcação de greves e manifestações em tempo de aulas.

Não digo que parem a luta. Se acham que devem continuar pelo menos que o façam com racionalidade, e pensando nas consequências que as suas acções terão quer no seu futuro quer no futuro dos seus alunos.

Para lerem a notícia cliquem aqui.

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